SOBRE A EXPOSIÇÃO

No dia 24 de Agosto de 2020 celebramos 102 anos de existência e resistência do Clube Social Negro 24 de Agosto na fronteira Brasil – Uruguai. São 102 anos de um grande exemplo de aquilombamento, de respeito a ancestralidade e de uma negritude vista como potência.

 

Para comemorar mais um ano de vida deste espaço físico e sentimental, lançamos, em modo virtual, a exposição “Rainhas Negras do Clube 24 de Agosto” que já havia sido lançada na “XI Semana da Consciência Negra de Jaguarão” em 2019 na Galeria Intercultural Magliani – GIM. Queremos com esta exposição parabenizar o Clube 24 de Agosto e trazer para centralidade algumas narrativas de mulheres negras que compuseram e ainda compõe a sociedade jaguarense e do clube 24. É importante ressaltar a importância do Clube Social Negro 24 de Agosto para a construção de identidades negras positivas, de fomento e participação na cultura carnavalesca de fronteira. O Clube 24 é um PATRIMÔNIO, não só em nossos corações, mas um patrimônio para o estado do Rio Grande do Sul reconhecido em 2012 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE), que no seu Processo de tombamento (nº 2627-1100/11-0) evidencia “um espaço de memória da cultura afro-brasileira no Rio Grande do Sul”. Cabe a nós, do Núcleo de Estudo Afro-brasileiros e Indígenas Maria Cezarina Cardozo (NEABI Mocinha), ressaltar todos os anos que virão e exaltar toda esta história e todas estas mulheres que são verdadeiras rainhas em todas as suas especificidades de ser mulher na sociedade de Jaguarão. Um grande viva ao Clube Social Negro 24 de Agosto! Um grande viva a todas as mulheres negras rainhas deste Clube! Um grande e caloroso abraço a todas e todos que compõe a diretoria, que frequentam e que lutam por este Patrimônio!

 

Feliz Aniversário, Clube 24 de Agosto!

 

Por Rodrigo Francisco

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Referência:

AL-ALAM, Caiuá Cardoso; ESCOBAR, Giane Vargas; MUNARETTO, Sara Teixiera. Clube 24 de Agosto - 100 anos de resistência de um clube social negro na fronteira Brasil-Uruguai. Porto Alegre: Ilú, 2018. 199 p.